17 março 2024

5º Domingo da Quaresma (Ano B)

 A minha partilha do 5º Domingo da Quaresma:

Na liturgia do 5.º Domingo da Quaresma ecoa, com insistência, a preocupação de Deus em nos mostrar o caminho que conduz à Vida nova. Foi para isso que Deus nos enviou o seu Filho Jesus. Cumprindo a vontade do Pai, Jesus desenhou-nos e ofereceu-nos o mapa desse caminho.

Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a conhecer as suas propostas, a aprender com Ele, a identificarmo-nos com Ele, a segui-l’O no caminho do amor e da entrega da vida. O caminho da Cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a Vida verdadeira.

Referências Bíblicas
Jeremias 31, 31-34
Salmo 50 (51)
Hebreus 5, 7-9
Evangelho João 12, 20-33


Salmo 50 (51)

Refrão: Dai-me, Senhor, um coração puro.

Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.


Evangelho de São João 12, 20-33

Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

 Naquele tempo,
alguns gregos que tinha vindo a Jerusalém
para adorar nos dias da festa,
foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia,
e fizeram-lhe este pedido:
«Senhor, nós queríamos ver Jesus».
Filipe foi dizê-lo a André;
e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus.
Jesus respondeu-lhes:
«Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.
Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só;
mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á,
e quem despreza a sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga,
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.
E se alguém Me servir, meu Pai o honrará.
Agora a minha alma está perturbada.
E que hei de dizer? Pai, salva-Me desta hora?
Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora.
Pai, glorifica o teu nome».
Veio então uma voz do céu que dizia:
«Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O».
A multidão que estava presente e ouvira
dizia ter sido um trovão.
Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou».
Disse Jesus:
«Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir;
foi por vossa causa.
Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado.
Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo.
E quando Eu for elevado da terra,
atrairei todos a Mim».
Falava deste modo,
para indicar de que morte ia morrer.

(A morte de Jesus na cruz constitui uma excelente chave de leitura para entender a sua vida e o seu projeto. Desde o momento da sua incarnação, Jesus pôs a sua vida ao serviço do plano salvador do Pai. Recusou qualquer projeto pessoal de triunfo e de glória humana, para abraçar o plano de Deus para o mundo e para os homens. Andou por todo o lado – desde a Galileia até Jerusalém – a propor o Reino de Deus; sem se resguardar, enfrentou o sistema opressor que mantinha os homens escravos; denunciou, em nome de Deus, as leis e os comportamentos que eram geradores de sofrimento e morte. )


Para a semana que segue

Redescobrir a “caridade”… A palavra “caridade”, por vezes, parece não ter muito sentido hoje, devido a deformações e incompreensões da própria palavra. A encíclica de Bento XVI “Deus é caridade” ajuda-nos a recuperar o seu sentido genuíno. É preciso redescobrir o verdadeiro sentido evangélico e amar os nossos irmãos: pela escuta, pelo serviço, pela partilha, pela atenção aos mais pobres! Ao longo desta semana, procuremos gestos concretos para praticar a caridade!

Desejo-vos um bom domingo
e continuação de santa Quaresma.
Emília Simões

 Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos
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09 março 2024

04º Domingo da Quaresma (Ano B)

 A minha partilha deste fim de semana:

A liturgia do 4.º Domingo da Quaresma coloca-nos diante do projeto salvador de Deus para o mundo e para os homens: é uma iniciativa de Deus que, independentemente dos nossos méritos, nos oferece a Vida eterna. Cada um de nós tem de decidir como acolhe essa oferta e que resposta lhe dá. A nossa resposta deve ser levada na alegria, marca essencial do Evangelho e deste Domingo da Quaresma, chamado o “Domingo da Alegria”.

No Evangelho, João apresenta, em palavras do próprio Jesus, o projeto de salvação de Deus: por puro amor, Deus enviou ao nosso encontro o seu Filho Unigénito, que veio oferecer-nos a salvação. Quem “acreditar” em Jesus e aprender com Ele a lição do amor até ao extremo, nascerá para uma Vida nova, para a Vida plena e definitiva.

Referências Bíblicas
2 Crónicas 36,14-16.19-23
Salmo 136 (137)
Efésios 2, 4-10
Evangelho de São João 3, 14-21

Salmo 13 6 (137)

Refrão:  Se eu me não lembrar de ti, Jerusalém,
fique presa a minha língua.

Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.

Evangelho de São João 3, 14-21

Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

Naquele tempo,
disse Jesus a Nicodemos:
«Assim como Moisés elevou a serpente no deserto,
também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita
tenha n’Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito,
para que todo o homem que acredita n’Ele
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n’Ele não é condenado,
mas quem não acredita já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta:
a luz veio ao mundo
e os homens amaram mais as trevas do que a luz,
porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más ações
odeia a luz e não se aproxima dela,
para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz,
para que as suas obras sejam manifestas,
pois são feitas em Deus.
(A missão de Jesus consiste em mostrar aos homens o amor de Deus e em ensinar os homens a viver no amor. Ora será na cruz que Ele mostrará, de forma superlativa, tudo isso. Por isso, Jesus diz a Nicodemos que o Messias tem de “ser levantado ao alto”, como “Moisés levantou a serpente” no deserto. A referência evoca o episódio da caminhada pelo deserto quando os hebreus, mordidos pelas serpentes, olhavam uma serpente de bronze levantada num estandarte por Moisés e se curavam (cf. Nm 21,8-9). Essa serpente de bronze, levantada ao alto, oferecia a vida, a salvação. Do mesmo modo, Jesus tem de ser levantado na cruz para ser fonte de vida e de salvação para aqueles que o contemplarem. É na cruz que Jesus manifesta o seu amor até ao extremo e que indica aos homens o caminho que eles devem percorrer para alcançar a salvação, a Vida definitiva (vers. 14).)

Para a semana que segue:
Somos dignos da missão, da confiança que Jesus põe em nós? Isso não é assim tão difícil, na realidade. Basta, muitas vezes, a atenção a pequenas coisas. Comportar-se à maneira de Jesus junto de cada um destes pequenos que são os seus irmãos: por uma palavra de acolhimento, um serviço prestado, um pouco de entreajuda, um gesto de partilha, um momento de escuta… Empreender também, ao nível de responsabilidade que é a nossa, atitudes para mudar o que pode ser mudado, para que haja menos injustiça e exclusão. Preparar a Páscoa com os mais esquecidos…

Prece
Deus generoso.
Tu amaste este mundo ao ponto de nos enviares
o teu Filho, Jesus.
Ele veio para viver e morrer entre nós
e todos encontrarmos a vida eterna que nos ofereceu.
Perdoa por guardarmos a tua vida abundante
só para nós,
por enterrarmos os teus dons,
por preferirmos o nosso bem-estar
à compaixão e à justiça.
Ensina-nos o que é vivermos como filhos da luz,
partilhando com generosidade
os dons que abundantemente nos deste
com os nossos irmãos necessitados.
In Rezar na Quaresma

Desejo-vos um bom domingo
e continuação de santa Quaresma.
Emília Simões

Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos
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06 março 2024

Rezar na Quaresma

Mateus 18,21-35
Não devias, também tu, compadecer-te
do teu companheiro, como eu tive
compaixão de ti?

Há um paralelo entre a tua relação com os outros
e a tua relação com Deus.
As barreiras para que Deus nos ame
são postas por nós,
quando recusamos amar o irmão.
O muro que se ergue entre nós e Deus
surge do muro que levantamos ao excluir o outro
do nosso amor.

Quando o nosso coração decai
e se torna deserto pedregoso e amargo,
Tu o transformas num oásis de alegria.
E no teu abraço libertador
aprende como é possível o benéfico
perdoar aos outros.

In Rezar na Quaresma

02 março 2024

3º Domingo da Quaresma (Ano B)

 A minha partilha para este 3º Domingo da Quaresma:

No 3.º Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus desenha-nos o mapa do caminho que conduz à Vida nova, à salvação. Recomenda-nos que, ao longo de todo o percurso, não percamos Jesus de vista: é Ele o guia que nos ajuda a interpretar o mapa e que nos leva ao encontro do Pai.

No Evangelho, Jesus apresenta-Se como “o Templo Novo” onde Deus reside e onde marca encontro com os homens para lhes oferecer a sua Vida e a sua salvação. Quem quiser encontrar Deus deve aproximar-se de Jesus, tornar-se seu discípulo, abraçar o seu projeto, seguir os seus passos, viver animado pelo seu Espírito.

Referências Bíblicas
Êxodo 20,1-17
Salmo 18 (19
1 Coríntios 1,22-25
Evangelho S. João 2, 13-25


 Salmo 18 (19)

Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.

 A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são retos
e alegram o coração
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro
e permanece para sempre;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são retos.

São mais preciosos que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos.


Evangelho S. João 2, 13-25

RefrãoLouvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

Estava próxima a Páscoa dos judeus
e Jesus subiu a Jerusalém.
Encontrou no templo
os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas
e os cambistas sentados às bancas.
Fez então um chicote de cordas
e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois;
deitou por terra o dinheiro dos cambistas
e derrubou-lhes as mesas;
e disse aos que vendiam pombas:
«Tirai tudo isto daqui;
não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
Os discípulos recordaram-se do que estava escrito:
«Devora-me o zelo pela tua casa».
Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe:
«Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?»
Jesus respondeu-lhes:
«Destruí este templo e em três dias o levantarei».
Disseram os judeus:
«Foram precisos quarenta e seis anos para se construir este templo
e Tu vais levantá-lo em três dias?»
Jesus, porém, falava do templo do seu corpo.
Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos,
os discípulos lembraram-se do que tinha dito
e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus dissera.
Enquanto Jesus permaneceu em Jerusalém pela festa da Páscoa,
muitos, ao verem os milagres que fazia,
acreditaram no seu nome.
Mas Jesus não se fiava deles, porque os conhecia a todos
e não precisava de que Lhe dessem informações sobre ninguém:
Ele bem sabia o que há no homem.

(No entanto, o mais notável, aqui, é que Jesus Se apresenta como o “novo Templo”. O Templo representava, no universo religioso judaico, a residência de Deus, o lugar onde Deus Se revelava e onde Se tornava presente no meio do seu Povo. Jesus é, agora, o lugar onde Deus reside, onde Se encontra com os homens e onde Se manifesta ao mundo. É através de Jesus que o Pai oferece aos homens o seu amor e a sua vida. Aquilo que a antiga Lei já não conseguia fazer – estabelecer relação entre Deus e os homens – é Jesus que, a partir de agora, o faz.).

 Para a semana que segue...

Reler e meditar os dez Mandamentos… Esta semana, somos convidados a retomar muitas vezes esta oração do Salmo 18, a cantar este louvor da lei do Senhor, que é um apoio para a nossa vida, que nos ajuda ao discernimento, que nos dá a sabedoria e vai guiar-nos na boa direção se nos deixarmos conduzir pelo Espírito do Senhor… Convite à disponibilidade, à confiança. De seguida, convite a reler e meditar estes “dez mandamentos” que pensamos conhecer: embora sendo da “antiga Aliança”, têm algo a dizer-nos e a revelar-nos de Deus, que só quer a nossa felicidade.


Prece

Jesus, purificador do templo de Jerusalém
e da minha vida,
ajuda-me a olhar para dentro de mim
e deita fora tudo o que me desafina de Ti.
Dá-me coragem para a mudança
e entusiasmo em receber-Te.
In Rezar na Quaresma

Desejo-vos um bom Domingo e
continuação de santa Quaresma.
Com o meu abraço na paz de Cristo.
Emília Simões

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28 fevereiro 2024

Rezar na Quaresma

Deixai de praticar o mal e aprendei
a fazer o bem.
Isaías 1, 20.16-20

Ao começar a Quaresma,
quando acolhias as cinzas na tua cabeça,
a Palavra de Deus disse-te:
"Converte-te e acredita no Evangelho!"
Converte-te.
Muda.
Transforma-te.
Deixa de lado o mal e experimenta o caminho do bem.


Pai de bondade,
Tu me criaste por amor
e é só no teu amor que encontro a paz e a harmonia.
Jesus, Filho amado,
é ao recordar as tuas palavras e os teus gestos
que eu aprendo a fazer o bem.
Espírito Santo de Deus,
aumenta em mim o desejo
de fazer o bem.

In Rezar na Quaresma


24 fevereiro 2024

2º Domingo da Quaresma (Ano B)

 A minha partilha deste fim de semana:

No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus convida-nos a dar mais um passo em direção à Páscoa (à de Jesus e à nossa). Diz-nos que é na obediência radical a Deus e na escuta atenta de Jesus que descobrimos o caminho que nos permite encontrar a Vida em abundância.

O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Marcos, o evangelista, apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à Vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.

Referências Bíblicas
Génesis 22,1-2.9a.10-13.15-18
Salmo 115 (116)
Romanos 8,31b-34
Evangelho de São Marcos 9,2-10

Salmo 115 (116)
Refrão 1:  Andarei na presença do Senhor sobre a terra dos vivos.
Refrão 2: Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor.

Confiei no Senhor, mesmo quando disse:
«Sou um homem de todo infeliz».
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo,
nos átrios da casa do Senhor,
dentro dos teus muros, Jerusalém.



Evangelho de São Marcos 9,2-10

Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

Naquele tempo,
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João
e subiu só com eles
para um lugar retirado num alto monte
e transfigurou-Se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes,
de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra
as poderia assim branquear.
Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:
«Mestre, como é bom estarmos aqui!
Façamos três tendas:
uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias».
Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados.
Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra
e da nuvem fez-se ouvir uma voz:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
De repente, olhando em redor,
não viram mais ninguém,
a não ser Jesus, sozinho com eles.
Ao descerem do monte,
Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém
o que tinham visto,
enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos.
Eles guardaram a recomendação,
mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.
(Marcos, o nosso catequista, pegou em todos estes elementos, amassou-os e com eles construiu a sua catequese. Nela, Jesus é apresentado, antes de mais, como o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele não é um visionário que vive iludido e que não tem os pés assentes na terra; nem é um revolucionário com sede de protagonismo que se aproveita, em benefício do seu projeto político, de um grupo de discípulos ingénuos… Jesus é o Filho amado de Deus, enviado aos homens para lhes propor a salvação e a Vida verdadeira.).


Para a semana que segue

A nossa fé na ressurreição… Concretamente, como fazer, que fazer? Alguns meios podem ajudar-nos: a oração, para pedir a Deus a fé (que é graça) e a sua luz; a meditação da Palavra de Deus; leituras, livros de teologia ou de espiritualidade, testemunhos de crentes; ou ainda a ajuda de um conselheiro espiritual, que nos permita debater questões mais atuais (incompatibilidade entre fé na ressurreição e crença na reencarnação, por exemplo).

 Prece
Jesus, Tu és o Filho amado de Deus.
Ajuda-me a escutar-Te com autenticidade.
Ajuda-me a abrir o coração à Tua graça
e à Tua Luz.
(In rezar na Quaresma)


Desejo a todos um bom domingo
e continuação de uma santa Quaresma.

Emília Simões

Fontes: Portal dos Sacerdotes Dehonianos

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21 fevereiro 2024

Rezar na Quaresma

 Ester 4, 17

Meu Senhor, nosso único Rei, vinde
socorrer-me, porque estou só e não tenho
outro auxílio senão Vós...

Parecia um conto de fadas.
Uma jovem hebreia é escolhida como esposa
para o grande Xá da Pérsia.
Mas, como em muitas outras histórias,
a vida no palácio imperial está cheia de perigos e intriga.
Ester não responde na mesma moeda
nem entra em desespero e ansiedade.
Diante de problemas impossíveis de resolver,
Ester confia no Deus de Israel.
No Deus que não ignora os gritos dos aflitos.

Apesar da minha pouca fé,
confio em Ti, Deus fiel.
Sei que não ficarás surdo
às minhas palavras hesitantes.
Acredito que tu vês
a minha fragilidade.
Confio que o teu coração está atento
e que posso contar conTigo.,
mesmo se parecer ausente.

In Rezar na Quaresma

17 fevereiro 2024

1º Domingo da Quaresma (Ano B)

A minha partilha deste fim de semana:

No primeiro Domingo da Quaresma, a liturgia diz-nos que Deus nunca desiste de recriar o nosso mundo, tantas vezes ferido pelo egoísmo e pela maldade dos homens; e desafia-nos a colaborar com Deus na construção de um mundo novo, de harmonia e de paz, que é o projeto original do Criador.

Evangelho mostra-nos Jesus a recusar o mal e a optar pelo caminho que lhe foi indicado pelo Pai. Essa opção está na origem de um mundo novo, ao qual Jesus chamava “o Reino de Deus”. Ele conta com os seus discípulos para serem, em todos os momentos da história humana, construtores e arautos do “Reino de Deus”.

Referências Bíblicas
Génesis 9,8-15
Salmo 24 (25)
1 Pedro 3,18-22
Evangelho S. Marcos 1,12-15



Salmo 24 (25)
 
Refrão:  Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade
              para os que são fiéis à vossa aliança.
 
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.
 
Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.
 
O Senhor é bom e reto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.

Evangelho de São Marcos 1,12-15
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.
Naquele tempo,
o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
Jesus esteve no deserto quarenta dias
e era tentado por Satanás.
Vivia com os animais selvagens
e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso,
Jesus partiu para a Galileia
e começou a pregar o Evangelho, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo
e está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
A verdadeira conversão… Quaresma, tempo de penitência, de sacrifícios de toda a espécie, de resistência às tentações, à imitação de Jesus no deserto… Tempo não muito entusiasmante! Porém, na breve passagem do Evangelho, S. Marcos fala duas vezes da Boa Nova. Uma Boa Nova dilata o coração, traz alegria. Então, porque não falar de alegria durante a Quaresma? Será que isso desvirtua o seu sentido? Trata-se de conversão. Mas isso não quer dizer, em primeiro lugar, como pensamos muitas vezes, parar de cometer pecados, voltar a uma vida moralmente pura e reta. A verdadeira conversão é, antes de mais, “acreditar na Boa Nova”. ).

Para a semana que segue:

Rezar em cada manhã o Salmo 24… Ao longo da semana, rezar em cada manhã, lentamente, este Salmo 24. Pode ser meditado, “ruminado”. Esforçar-se também por memorizar um versículo para cada dia (“Tu és o Deus que me salva”; “lembra-te, Senhor, da tua ternura”); repeti-lo várias vezes ao longo do dia, como uma caminhada com o Senhor. Será uma maneira possível de viver a exortação à oração em segredo, a exortação que ouvimos na Quarta-feira de Cinzas. Procurar também recorrer a esta oração quando temos uma decisão a tomar, uma escolha a fazer, cada vez que um discernimento se nos impõe (“guiai-me na verdade”, “ensinai-me”…).


Prece
Na companhia de Jesus,
ajuda-me, Deus fiel, a fazer esta Quaresma.
Concede-me a coragem de sair
da minha zona de conforto
e deixar cair as máscaras
com que me distraio de mim.
Oferece-me a lucidez para dar nome
e enfrentar as minhas tentações.
Dá-me a fé para mudar
e me tornar mais parecido
com quem sonhas.
(In Rezar na Quaresma)

Desejo a todos um bom domingo e uma
Santa Quaresma.


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