23 fevereiro 2013

2º Domingo da Quaresma


A minha partilha neste 2º domingo da Quaresma:

Do: Salmo 26 (27)
«O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?


Recebe, Senhor, os nosso medos
 e transforma-os em confiança.
Recebe, Senhor, o nosso sofrimento
 e transforma-o em crescimento.
Recebe, Senhor, o nosso silêncio
 e transforma-o em adoração.
Recebe, Senhor, as nossas crises
 e transforma-as em maturidade.
Recebe, Senhor, as nossas lágrimas
 e transforma-as em oração.
Recebe Senhor a nossa ira
 e transforma-a em intimidade.
Recebe Senhor o nosso desanimo
 e transforma-o em fé.
Recebe, Senhor, a nossa solidão
 e transforma-a em contemplação.
Recebe, Senhor, as nossas amarguras
 e transforma-as em paz de alma.
Recebe, Senhor, a nossa espera
 e transforma-a em esperança.
Recebe, Senhor, a nossa morte
 e transforma-a em ressurreição.
Arnaldo Pangrazzi


Desejo a todos continuação de uma santa Quaresma. Ailime


21 fevereiro 2013

Eu conheço o amor


Eu conheço pessoas pobres que
que distribuem sorrisos.

Eu conheço pessoas que sofrem
que comunicam alegria.

Eu conheço pessoas incompreendidas
que sabem compreender.

Eu conheço pessoas puras
que conquistam pelo olhar.

Eu conheço pessoas pacíficas
que caminham levando paz.

Eu conheço pessoas bondosas
que a todos têm o que dar.

Eu conheço pessoas injustiçadas
que souberam perdoar.

Eu conheço essas pessoas,
o seu segredo é AMAR.

N. Maccari
(Ecos do Coração 2)
Paulinas Editora
Imagem Google

17 fevereiro 2013

1º Domingo da Quaresma



“Jesus esteve no deserto quarenta dias”.
Mc 1, 13
"Água e deserto, aliança e tentação, opostos incontornáveis
do caminho que nos propõe a Páscoa como meta.
Tensão criadora a agitar a cinza dos dias e a fragilidade da terra,
espaço sem limites das escolhas que nos realizam.
Água do nascer e do renascer que nos definem,
entre o “já” e o “ainda não” de grandeza e miséria,
“todos os dias são nossos”, como dizia o poeta,
mas é também nossa a coragem de espalhar a aurora
e levantar rostos cansados e abatidos.
Deserto do apelo ao essencial que é sempre tão pouco,
(um sorriso, um abraço, “um sair de mim e ser amor contigo”),
lugar onde a conversão vai além da penitência,
a alegria de dar é mergulhar na realidade de alguém,
os gestos ecoam a mudança que acontece no silêncio.

Água para a travessia do deserto,
e terra seca que pode reaprender a lição do barro,
este é o tempo de confiar nas mãos de Quem faz aliança connosco
e as oferece cada dia para revelar
o que é belo e teimamos em esconder,
o que é verdade e teimamos em desprezar,
o que é bom e teimamos em esquecer.

Jorram os rios de água viva dos nossos corações
a empapar os desertos, que podem ser os prédios e as ruas,
e as casas, e os trabalhos, e as compras, e até os divertimentos,
onde tantas solidões se acumulam?
Bebemos e mergulhamos nesta água que é Cristo,
e, como a samaritana, ensinamos o caminho da fonte?
Guardamos cisternas ou ajudamos os desertos a
descobrir a Fonte que neles está?"

Autor: Pe. Vítor Gonçalves
Quaresma 2009
(Reposição)